terça-feira, 8 de março de 2011

Eu sou um ninguém.

Eu preciso mostrar ao mundo que visto roupas da moda, de grifes caras, para mostrar que tem um bom gosto para roupas.
Eu preciso falar ao mundo sobre as minhas viagens pelo Brasil e no exterior, para mostrar que sou bem viajado e conheço diferentes culturas.
Eu preciso mostrar ao mundo os livros que leio, meus autores preferidos citações prediletas, para mostrar ao mundo que eu sou cult.
Eu preciso mostrar ao mundo os meus tipos de música preferidas, cantores a bandas que escuto, para mostrar ao mundo que eu tenho um bom gosto musical.
Eu preciso mostrar ao mundo que estudo em uma boa faculdade, para mostrar ao mundo que tenho um bom futuro,
Eu preciso mostrar ao mundo que tenho um carro, para que os outros saibam que eu não ando com a ralé.
Eu preciso mostrar ao mundo que tenho muitos amigos, para que as pessoas saibam que eu não sou solitário.
Eu preciso mostrar ao mundo os lugares que frequento, bares e baladas que estão em alta, para mostrar ao mundo que eu tenho uma vida social.
Eu preciso mostrar ao mundo que eu assisto muitos filmes, vou ao teatro e a exposições, para mostrar a todos que entendo de arte.
Eu preciso mostrar ao mundo que tenho um namorado, para que não pensem que eu vou morrer sozinha.
Enfim, eu preciso falar ao mundo... mostrar ao mundo...
Pois se assim não fizer, eu me torno ninguém.

Por Jéssica


segunda-feira, 7 de março de 2011

A felicidade é uma ilusão.

Meu nome é Amanda. Significa digna de ser amada. Não tive muito tempo de ser amada pelos meus pais, pois ambos morreram em um acidente de carro quando eu tinha apenas dois anos. Meus avós maternos me adotaram após o falecimento de meus pais e eu comecei a morar com eles no interior de São Paulo a partir de então.
            Não sei se por causa da idade ou se era mesmo o jeito deles, eles eram carrancudos e impacientes comigo desde quando eu me entendo por gente.
            Apesar de ter herdado uma fortuna de meus pais, meus avós maternos me matricularam em colégios estaduais a vida inteira. Eles diziam que eram para poupar a herança para algo mais importante. Ora, o que há de ser mais importante que a educação de uma pessoa?
 Foi no colégio que conheci Bruno. Por acaso, Bruno era meu vizinho, mas só o conheci quando comecei a freqüentar a escola, quando eu tinha seis anos de idade. Desde quando nos conhecemos, viramos melhores amigos. Logo os coleguinhas de classe começaram a zombar de nossa amizade.
            - Olha os dois namoradinhos. Só falta dar beijinhos.
            Eu não me incomodava com as brincadeiras. Bruno queria bater em todos que falassem isso.
            Eu e Bruno crescemos juntos. Bem antes da adolescência, eu já sentia algo diferente por Bruno, mas foi na adolescência que esse sentimento se tornou mais forte.
            Um certo dia, eu estava embaixo de uma macieira, com uma faca na mão, descascando uma maçã para come-la. Olhei para o tronco da árvore e tive uma idéia maluca de escrever o meu nome e o nome de Bruno dentro de um coração, para gravar o meu amor por ele na árvore. Usei a faca para gravar nossos nomes no tronco da macieira. Quando estava finalmente acabando, ouvi um barulho.
            -BUU!
            - Ai, que susto, Bruno.
            - O que a senhora está fazendo?
            -Eu? Nada.
Tentei esconder com a mão o que escrevi na árvore, mas Bruno foi mais forte e tirou minha mão da frente da gravura e viu nossos nomes dentro de um coração inacabado. Quando Bruno viu aquilo, ele ficou pasmo. Ficamos nos olhando durante um tempo. Quanto tempo ficamos nos olhando, eu não sei, mas foi o suficiente para sentir meu coração disparar e passar mil pensamentos na minha cabeça.
Ele pegou na minha mão e disse:
-Vamos embora. Sua avó está a sua procura.
E voltamos para casa de meus avós de mãos dadas. Na frente da porta da casa de meus avós, fui me despedir dele, ele se aproximou de mim e me beijou os lábios, disse que me amava e me desejou uma boa noite. Foi um dos momentos mais felizes de minha vida. Deve ter durado dois minutos, até minha avó gritar da janela:
-Menina, entre agora para casa.
Entrei e escutei um sermão da velha.
-Você fica a namorar aquele pobre menino sem futuro, que só está de olho em sua fortuna. Deixe de ser boba. Você há de encontrar outro rapaz que seja digno do seu amor e você será digna de ser amada por ele.
A minha avó me disse mais um bocado de coisas que eu não me lembro agora. Depois que ela terminou, pedi permissão para ir dormir em meu quarto. Ela fez um barulho confirmando a sua permissão e fui dormir.
A partir daquele dia, eu e Bruno começamos a namorar escondido de meus avós, pois não tinha a aprovação deles. Bruno foi meu único e eterno namorado. Estudávamos juntos todas as tardes para passar no vestibular. Bruno era muito inteligente e me ensinou muitas coisas. Nessa época, tínhamos dezessete anos. Ambos passamos na Universidade de São Paulo, a conhecida, USP. Eu passei para medicina e ele para Ciências Econômicas. Fui morar em uma republica dentro da própria USP e ele fez o mesmo.
Formamos-nos e logo começamos a trabalhar. Após formados, eu comprei uma casa com o dinheiro de meus pais no bairro da Liberdade. Bruno veio morar comigo e seis meses depois, nos casamos, em 1997. Ambos tínhamos 25 anos. Em 1999, nasceu minha filha, Bárbara. Quando a vi, foi um dos poucos momentos mais felizes de minha vida. Mirei-a durante dois minutos e depois a levaram de mim.
 Fiquei um ano sem trabalhar, só cuidando de Bárbara e depois contratei uma babá, Isabela, para cuidar do meu bebê.  
Isabela era uma moça bonita. Morena, olhos verdes, cabelos longos e lisos. Era uma doçura de pessoa. Ela dormia em um quartinho que havia nos fundos da casa. Isso era preciso, pois, muitas vezes, eu tinha que dar plantões noturnos e não podia ficar com Bárbara durante a noite.
Meu casamento com Bruno era perfeito. Ele era um homem amoroso, paciente, dedicado. Uma das únicas vezes que a gente brigou foi quando ele reclamou que eu trabalhava demais e não dava muita atenção para minha filha e muito menos para ele. Eu dizia que eram ossos do ofício.
Em setembro de 2001, Bruno viajou para os Estados Unidos devido a alguns negócios de seu trabalho. Dia dez de dezembro, ele me ligou para dizer que no dia seguinte iria ao World Trade Center com dois parceiros de trabalho, em Nova Iorque, Também me disse que a cidade era linda, agitada, moderna. Antes de desligar, disse-me mais que sentia a minha falta.
No dia seguinte, quem diria, houve o atentado contra as torres gêmeas. Quando fiquei sabendo, liguei para o hotel onde meu marido estava hospedado, na esperança de que ele não fora ao World Trade Center. Falei com Felipe, um dos sócios de meu marido que me dissera que estava doente e não pode ir lá, mas que meu marido e o outro sócio fora. Quando ele me disse isso me desabei a chorar. Entrei em desespero atrás de noticias de Bruno por meses, mas não houve nenhuma. Nem o corpo de Bruno foi encontrado. Por isso, não pude dar um enterro digno para ele.
Bárbara perguntava sempre pelo pai e eu dizia que ele estava viajando. Meus avós me aconselharam a dizer isso até que ela completasse anos suficientes para entender que o pai morrera.
No final do mesmo mês de setembro de 2001, eu fui diagnosticada com pneumonia e fui parar a no hospital. Foi quando eu descobri que pegara o vírus HIV. Quando os médicos me disseram meu quadro clínico, mal pude acreditar. Bruno fora o único homem de minha vida. Como peguei o vírus?
Liguei para irmã de Bruno e lhe contei a situação e pedi para que ficassem com Bárbara enquanto eu estava no hospital. Dispensei Isabela, que foi aos prantos no outro dia me visitar.
-É tudo culpa minha, Dona Amanda, é tudo culpa minha da senhora estar doente. Eu também estou. Passei o vírus para a senhora. A senhora, por favor, me perdoe.
Eu não entendi nada daquilo, mas disse que a perdoava. O que passou primeiramente na minha cabeça foi que a criatura pensava que o vírus se passava pelo ar.
Fiquei no hospital tempo suficiente para meditar sobre alguns fatos.
A primeira delas foi que finalmente entendi o porquê de Isabela pedir meu perdão. Ironicamente veio o significado do meu nome na minha cabeça e indaguei-me mentalmente:
-Será que Bruno realmente me amou algum dia? Quem ama não trai, ou trai?
A segunda foi uma frase já feita na minha cabeça, que apareceu do nada.
“A felicidade é uma ilusão”
Ela não passa de alguns momentos que você vive na vida. Momentos curtos, que simplesmente passam na sua vida como brisas em um dia de verão.
De acordo com o dicionário, ilusão significa:
1 Engano. 2 O que dura pouco. 3 Percepção distorcida de um objeto. 4 sonho.
Eis tudo o que foi o meu relacionamento com Bruno, desde o começo até o fim.
Quando Bruno dizia que me amava, eu estava sendo iludida, era um engano tudo aquilo.
Os poucos momentos que relatei de felicidade na minha vida duraram poucos minutos.
O Objeto que foi teve a percepção distorcida fora o amor de Bruno, que agora tenho que concordar com minha velha avó, era apenas interesse no meu dinheiro. Não era amor de verdade, motivo já escrito do porquê não fora real.
Sonho foi todo o meu relacionamento com Bruno, desde o começo. Nosso casamento fora perfeito. Foi tudo um lindo sonho. Sonho lindo que se foi...
Enfim, apesar do meu primeiro e único amor ter me traído com a babá, eu jamais deixei de amá-lo, porque apesar de tudo, os melhores e mais felizes momentos da minha vida foram vividos com ele.
Definitivamente, a felicidade é uma ilusão

Por Jéssica.
  

sábado, 5 de março de 2011

O meu primeiro amor

Naquele dia a lua estava cheia
Eram quase onze e meia
Você se aproximou e disse assim:
-Eu te quero para mim.
E sussurrou no meu pescoço:
-Que perfume gostoso.
Olhou bem nos meus olhos e me deu um beijo.
Era primeiro de fevereiro.
E assim começou a nossa história.
Fotos, brigas e versos ficaram na memória.
Dois anos passaram rápido.
Você se tornou o meu hábito.
Então um dia você falou, enfim:
-Esse é nosso trágico fim.
Meu mundo desmoronou.
E eu entendi que o nosso amor acabou.
Eu demorei três meses para superar a dor
Do que foi o meu primeiro amor.

Por Jéssica

sexta-feira, 4 de março de 2011

Um amor que não foi feito para durar....

Naquela época, Angélica tinha 12 anos, Cursava a sexta série do ensino fundamental em no ano de 2000. Era uma menina de poucas amizades. Sua melhor amiga, Rafaela, era quem a dava ânimo para ir à escola.
Um certo dia, a coordenadora foi na classe de Angélica falar sobre um acampamento que aconteceria nos meados de abril. Angélica nunca foi muito interessada em acampamentos, mas Rafaela a convenceu de ir.
Angélica ia e voltava da escola para casa de transporte escolar. O assunto das meninas naquele momento, e em muitos outros que Angélica presenciara era sobre um menino chamado André. Todas as meninas que iam de transporte escolar junto com Angélica o adoravam, falavam mil coisas sobre ele e Angélica começou a ficar curiosa para saber quem era esse tal André que nunca vera antes.
André era um menino comum. De estatura baixa, cabelos lisos pretos, olhos pretos como o céu no inverno e a pele clara como a neve.
Angélica interessada em saber quem era o tal menino que todas as meninas falavam sobre, descobriu que ele estudava na mesma escola e na mesma serie que ela, mas de tarde, Angélica estudara de manhã.
Angélica nunca foi de prestar atenção em quem entrava ou saia do carro, mas a partir de então começou a prestar atenção para saber quem era o tal menino e um dia o viu saindo do carro, pegando sua mochila e indo para a sua classe, de onde Angélica havia saído fazia trinta minutos.
Chegou o mês de abril e com isso o acampamento. Foi a primeira vez que Angélica dormira fora de casa.
Quando chegou no estacionamento da escola, encontrou Rafaela toda animada, as duas esperando o ônibus chegar para levar elas e todas as outras crianças para uma cidade no interior, onde ficariam acampados.
Para sua surpresa, Angélica viu André junto a uma mulher mais velha, ambos esperando também pelo o ônibus. Aquilo animara Angélica. Finalmente teria a oportunidade de conhecer o famoso André.
Todos embarcaram no ônibus e foram animados para o acampamento.
Chegando ao acampamento, todos foram devidamente alojados.
Um dia depois, na beira da lagoa um grupo de estudantes que queriam andar de canoa. Rafaela e Angélica se aproximaram e logo Angélica mirou André no meio do grupo de estudantes.
Rafaela era extrovertida e simpática e logo fez amizade com o grupo que ali estavam.
André olhou para Angélica e falou:
- Vem aqui, eu quero te contar um segredo.
Angélica toda surpresa chegou perto de André. Ele chegou perto da orelha de Angélica e arrotou.
- Que idiota você é! – Falou Angélica inconformada.
E André caiu na gargalhada.
No outro dia de tarde, o grupo de estudantes foram fazer uma trilha pelo lugar onde estavam acampados e chegaram numa ponte de cordas. A coordenadora desafiou os alunos a passarem por ela, e alguns tiveram coragem de atravessá-la. Um desses foi André.
Depois que André atravessou a ponte de corda e voltou para ver os outros alunos atravessarem também, Angélica chegou perto de André e falou:
-Nossa, como você teve coragem de atravessar a ponte sem cair?
-Não é tão difícil como parece.
-Você vai para escola com o transporte escolar do tio José, não é?
-Como você sabe?
-Eu também vou, mas eu estudo de manhã e você estuda a tarde, por isso nós nunca nos encontramos. As meninas falam bastante sobre você.
-Sério? Bem ou mal?
=Muito bem.
-Qual é seu nome?
-Angélica. E o seu é André, não é?
-Isso, é isso mesmo.

A partir dessa conversa, os três começaram a andar juntos pelo acampamento inteiro. Angélica, Rafaela e André.

No ultimo dia de acampamento, quando estavam voltando para a escola, Angélica queria ir sentada ao lado de André, mas não foi. Foi uma poltrona atrás dele.
A partir de então, Angélica sempre observara André sair do transporte escolar para ir à escola e ela entrava no carro para ir para casa. Tentou criar coragem para falar com ele, mas as palavras não saiam de sua boca. Foi quando ela percebeu que ela era mais uma tonta do transporte escolar apaixonada por André.
Angélica começou a fazer informática a tarde para voltar com André ao mesmo tempo para a casa.
Algumas vezes eles conversavam, outras ele simplesmente a ignorava. Isso fazia o humor de Angélica alterar de alegre a frustrada.
Um dia, quando os dois sentaram juntos na mesma poltrona do carro, os dois vieram conversando e André falou:
-Você é diferente de todas as meninas que eu já conheci.
-Como assim? Isso é bom ou ruim.
-Não sei explicar, mas é algo bom.

O coração de Angélica bateu forte e se o céu fosse ali, naquele momento, era ali que ela gostaria de estar eternamente.

O tempo foi passando, e finalmente 2001 chegou. Férias escolares eram sempre um tédio para Angélica. Mas, passou rápido.
Chegou o fim das férias escolares e o retorno das aulas. Agora Angélica estava na sétima serie. Para sua surpresa, agora André estava estudando em sua sala. A escola só iria ter turmas de manhã agora e todos os alunos que estudavam de tarde, começaram a estudar de manhã. André e Carlos ficaram na sala de Angélica.
Agora Angélica estava mais enturmada e tinha mais amigas que sabiam sobre os seus sentimentos pelo André. Todas elas zombaram da cara de Angélica por André estar na mesma turma que a dela. Os dois ficaram muito envergonhados, mas foi só pelos primeiros dias.
Conforme o tempo foi passando, os dois ficaram mais a vontade estudando um na turma do outro. André sentava ao lado de Angélica e sempre a mirava, o que a deixava feliz, mas ao mesmo tempo a incomodava, porque ela não podia prestar atenção na aula.
As vezes, Angélica percebia André um pouco triste e não tinha idéia do porquê.
Até que um dia André não foi mais para a escola. Seu amigo, Carlos, veio contar para Angélica o que aconteceu.

-André fugiu de casa, porque seu pai estava muito violento com ele, batendo muito nele, e ele resolveu fugir de casa e veio para a minha. Nós ligamos para a mãe dele que mora em Natal, para vir buscá-lo e enquanto a mãe dele não vem, ele fica na minha casa.
=Nossa, Carlos, que horror. Mas, André não vem mais para a escola.
- Creio que não, Angélica.

Os olhos de Angélica encheram de lágrimas e ela saiu correndo para o banheiro para chorar.

E foi assim que Angélica perdeu contato com André por muitos anos.
Os anos se passaram e Angélica virou uma mulher. Nunca mais soube sobre André, mas sempre sonhava com ele. Apear disso, Angélica sonhava sempre com ele, mesmo namorando outros homens.
Até que um dia, em 2010, angélica tinha 22 anos, Angélica foi procurar o nome de André nas redes sociais para ver se encontrava algo sobre ele. E encontrou. Encontrou seu perfil em uma rede social e descobriu que ele passou na Universidade Federal de Natal para administração. Toda contente, ela entrou em contato com ele e um dia depois ele respondeu dizendo estar feliz por ela ter o encontrado.
Mas André estava namorando... O que deixou Angélica meio chateada,
Os dois trocaram e-mails e começaram a se falar por um programa de mensagens instantâneas.
Angélica se declarou para ele. Disse que o amava, Disse que nunca deixou de amá-lo. Contou sobre os sonhos que tivera com ele ao longo desses anos.
André ficou pasmo, mas ficou feliz. Ele terminou com a namorada, pois eles tiveram uma briga feia. E André começou a falar com Angélica pelo telefone. As conversas eram intensas. Muitas declarações de amor de ambos os lados. Até que André resolveu vir para São Paulo. André pediu Angélica em namoro antes de vir a São Paulo e Angélica aceitou.
Entretanto, Angélica foi um dia para balada e ficou com um homem. Foi coisa de uma noite apenas, nada mais.
André veio para São Paulo e encontrou Angélica no terminal de ônibus.Para sua surpresa, Angélica não era mais aquela menina esbelta que era na época da escola. Havia engordado uns 30 quilos. Estava um pouco acima do tempo, mas isso não o impediu de dar um beijo em Angélica. Angélica sabia que realizara um sonho de muito tempo.
Enquanto estavam indo para a faculdade de Angélica, pois ela tinha que resolver alguns problemas por lá, no ônibus, Angélica contou para André que saiu e beijou outro homem depois que André o pediu em namoro pelo telefone. André ficou pasmo e muito irritado.
- Se eu soubesse que você iria fazer isso, eu teria aproveitado e beijado outras meninas lá em Natal.
-Desculpa André, mas não significou nada pra mim e não quer dizer que eu vá fazer isso de novo.
André tentou transformar o clima ruim que estava no ar e ficou mais agradável e fingiu que não escutou nada daquilo.
Angélica resolveu os problemas na faculdade e foi com André para uma lanchonete para comer batatas fritas e beber coca-cola. Os dois conversaram normalmente sobre muitas coisas, até que Angélica pediu para sua mãe ir buscá-la na faculdade. André insistiu que eles voltassem de ônibus, para irem conversando, mas Angélica não quis.
No fim, sua mãe foi buscá-la e os voltaram de carro. A mãe de Angélica deixou André na casa de seu pai. Angélica saiu do carro para se despedir, eles se beijaram rapidamente e André entrou.
Essa foi a ultima vez que Angélica vira André. Durante toda a semana, Angélica tentou falar com André, mas André simplesmente a ignorou.
Depois de uma semana, André voltou para Natal.

Alguns dias depois, a então ex-namorada de André adicionou o email de Angélica no programa de mensagens instantâneas.
Angélica começou o dialogo:
-Oi. Tudo bem, Hellen?
-Oi, Tudo e com você??
-Tudo bem também. Tem algo que posso ajudá-la?
-Na verdade, eu queria conversar com você sobre o André.
-Pode falar, Hellen.
-Quando ele foi para São Paulo, vocês se viram?
-Sim, nos vimos.
-Vocês se beijaram??
-Sim, Hellen, nos beijamos. Por que?
-Porque quando ele foi para São Paulo, nós já havíamos nos entendido e voltamos a namorar. Ele me disse que não te viu e menos ainda te beijou. Ele mentiu para mim.
-Não foi só para você que ele mentiu. Ele mentiu para mim também.


As duas ficaram conversando e Angélica percebeu que o que fez não foi tão errado, porque André havia feito a mesma coisa, se não pior.
Depois de tudo isso, Angélica parou de sonhar com André.
E esse foi o fim de um romance que não foi feito para durar.

Por Jéssica